
Depois de um longo período de reflexão profunda, silenciei a ruína das redes e retornei à minha essência. Afastada voluntariamente do Instagram — sim, inclusive após a tão esperada autenticação — decidi encerrar minha presença na META. Foi um corte necessário, quase cirúrgico, como quem fecha um livro que já não vibra na mesma frequência da alma. Não se tratou de um adeus impulsivo, mas de uma escolha lúcida por bem-estar, saúde mental e leveza.
Minha rotina atual é quase um manifesto. Acordo com suavidade, entre Solfeggios e meditação guiada, passo pela prática diária de Yoga, leio revistas como quem visita um ateliê de inspiração, e tomo meu café como um ritual sagrado. Os estudos ocupam a parte nobre do meu dia: teoria de Design Gráfico, leituras literárias — hoje, por exemplo, um conto de Nelson Rodrigues — e uma imersão encantadora no universo do desenho, explorando o Procreate com tutoriais que me ensinam, ao mesmo tempo, a desenhar e a respirar.
Longe da avalanche de estímulos das redes sociais, reencontrei minha disciplina, meu foco e uma paz que não se negocia. A ausência do “feed infinito” me devolveu o tempo, e com ele, o prazer de construir uma rotina que honra meu corpo, minha mente e minha arte.
E no meio desse renascimento, fiz um retorno pontual e consciente ao TikTok — não como antes, mas como quem visita uma galeria encantada. Ali, entre um vídeo e outro, reencontrei a MAYA, com sua vida luxuosa, livre e onírica, um espelho brilhante da estética que admiro e alimento em mim. E, claro, a falta de CHARLIE ainda pulsa — a ausência que ecoa como nota grave em uma sinfonia delicada. Mas aprendi que certos silêncios também têm seu lugar.
Este site, meu espaço pessoal, volta a ser minha casa digital. Aqui, compartilho o que me constrói, o que me cura e o que desejo deixar como rastro para quem me lê.
Com amor,
Hannah MacCiemme
